Dr. Bruno Parentoni, Dr. Roberto Parentoni e Dr. Luca Parentoni no escritório Parentoni Advogados, boutique jurídica especializada em Direito Criminal e Direito Penal Econômico desde 1991. Ao fundo, a biblioteca jurídica do escritório, destacando a tradição e excelência em defesa penal. Escritório localizado no Edifício Itália, São Paulo, e no Complexo Brasil 21, Brasília.

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Prisão Preventiva: quando a liberdade é interrompida

A prisão preventiva é um dos momentos mais duros do processo penal.
Ela não impacta apenas quem foi preso, afeta uma família inteira, desestrutura rotinas, interrompe planos e cria uma urgência que poucas situações na vida conseguem provocar.

Para quem vive isso, a pergunta é sempre a mesma:
“Podemos fazer algo agora?”

E a verdade é que sim.
Mas, antes disso, é preciso entender o que separa uma prisão legítima de uma prisão que jamais deveria ter acontecido.


O que é, de fato, a prisão preventiva?

A prisão preventiva é uma medida cautelar, não uma punição.
Ela só pode existir quando há necessidade concreta e comprovada de:

  • proteger a investigação,

  • garantir que a pessoa não fuja,

  • evitar que o crime continue,

  • ou preservar a ordem pública diante de elementos específicos.

Não basta repetir a lei.
Não basta dizer que “o crime é grave”.
Não basta um texto genérico ou copiado do Ministério Público.

A prisão preventiva só é válida quando responde a uma pergunta fundamental:

“Por que, neste caso específico, esta pessoa precisa estar presa antes do julgamento?”

Se não houver resposta concreta, a prisão é ilegal.


Quando a prisão preventiva não se sustenta

Ao longo de mais de 34 anos de atuação, há um padrão que se repete:
muitas prisões preventivas são decretadas com base em:

  • suposições,

  • frases genéricas,

  • ausência de análise individual,

  • repetição automática de trechos da lei.

E decisões assim não atendem o que a Constituição exige.

Além disso, a prisão preventiva é ilegal quando:

  • a pessoa tem endereço fixo e trabalho,

  • não há risco real para a investigação,

  • faltam provas mínimas da autoria,

  • há excesso de prazo na prisão,

  • o flagrante foi irregular,

  • medidas cautelares alternativas seriam suficientes.

Nessas situações, o caminho técnico é claro:
revogação da prisão ou habeas corpus imediato.


O impacto real: a família também é atingida

Quem pesquisa “prisão preventiva” na internet está tentando entender o que aconteceu com alguém que ama.
É um momento de medo, confusão e sensação de que tudo aconteceu rápido demais.

Por isso, este texto fala também com você, familiar que tenta encontrar orientação para agir do jeito certo.

A defesa começa muito antes da petição:
começa na clareza, no acolhimento e na organização do cenário.

Quando a família entende os passos, o medo diminui e a tomada de decisões fica possível.


A audiência de custódia: a primeira chance de corrigir o erro

A audiência de custódia deveria ser o momento de:

  • avaliar se houve abuso na prisão,

  • identificar ilegalidades no flagrante,

  • verificar lesões ou violência policial,

  • analisar se a prisão é realmente necessária.

Mas, na prática, muitas audiências passam rápido demais.
E detalhes importantes se perdem.

É por isso que a atuação técnica desde o começo faz tanta diferença.
Um argumento preciso ali no momento certo, pode impedir que uma prisão siga adiante.


Quando tudo parece perdido: o papel da defesa

Existem casos em que a prisão preventiva já foi decretada e o processo está em andamento.
Nesses momentos, a defesa precisa:

  • analisar cada linha da decisão,

  • confrontar fundamentos genéricos,

  • demonstrar alternativas menos gravosas,

  • usar jurisprudência atualizada do STJ e STF,

  • reconstruir a linha do tempo da investigação.

É a combinação entre técnica e leitura humana do caso que cria o caminho para a liberdade.


STJ e STF: quando Brasília se torna decisiva

Diante de ilegalidades claras, o habeas corpus nos Tribunais Superiores pode ser determinante.

Em Brasília, a defesa precisa:

  • demonstrar a ausência de fundamentação individualizada,

  • mostrar concretamente o constrangimento ilegal,

  • esclarecer por que a prisão viola a jurisprudência atual,

  • apresentar uma narrativa fiel aos fatos e aos autos.

Uma peça madura, serena e precisa pode mudar um destino inteiro.


Por que falar disso agora?

Porque quem busca informações sobre prisão preventiva está vivendo um dos momentos mais difíceis da vida.

E, no meio do desespero, o que a pessoa mais precisa é:

  • orientação clara,

  • calma,

  • explicações acessíveis,

  • e alguém que saiba ouvir, antes de agir.

Este artigo existe para isso:
organizar o caos e entregar um caminho possível.


Se isso toca algo que você ou sua família está vivendo agora

Nenhuma prisão preventiva é igual à outra.
Cada caso tem suas próprias dores, urgências e possibilidades.

Mas uma coisa é constante:

a defesa precisa ser conduzida com atenção, sigilo e leitura precisa do cenário.

Se este texto conversa com o seu momento, fale com a gente.
Você não está sozinho.

Fraterno abraço,
Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Dr. Roberto Parentoni é advogado criminalista desde 1991 e fundador do escritório Parentoni Advogados. Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, é especialista em Direito Criminal e Processual Penal, com atuação destacada na justiça estadual, federal e nos Tribunais Superiores (STJ e STF). Ex-presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Defesa (IBRADD) por duas gestões consecutivas, é também professor, autor de livros jurídicos e palestrante, participando de eventos e conferências em todo o Brasil.