Dr. Bruno Parentoni, Dr. Roberto Parentoni e Dr. Luca Parentoni no escritório Parentoni Advogados, boutique jurídica especializada em Direito Criminal e Direito Penal Econômico desde 1991. Ao fundo, a biblioteca jurídica do escritório, destacando a tradição e excelência em defesa penal. Escritório localizado no Edifício Itália, São Paulo, e no Complexo Brasil 21, Brasília.

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O peso da opinião pública nas decisões do STF

Por Roberto Parentoni
Advogado criminalista. Há mais de três décadas na defesa de direitos, mesmo quando o clamor pede o contrário.


Depois de mais de três décadas no exercício da advocacia criminal, aprendi que, muitas vezes, defender direitos significa remar contra a maré da opinião pública. Principalmente quando o julgamento é feito não só no tribunal, mas nas redes sociais.

Quem julga quem?

Vivemos tempos em que a Justiça não está mais isolada em gabinetes. Está nas capas de jornais, nas timelines do Twitter, nas hashtags do Instagram. O Supremo Tribunal Federal — última trincheira da Constituição — muitas vezes decide com os olhos atentos… à pressão social.

Mas até que ponto a opinião pública influencia o voto de um ministro?
E, mais grave: até que ponto ela distorce a justiça?

Entre o barulho das ruas e o silêncio da lei

Nos casos de grande repercussão — especialmente os penais — é comum ver ministros justificando votos em nome da “confiança social” ou da “expectativa da sociedade”.

Mas desde quando a Constituição depende de aprovação popular?

O problema começa quando a Corte não mais apenas interpreta a norma, mas busca agradar a plateia.

Justiça não é palanque. É princípio.

Populismo penal togado: risco real ou exagero?

Há quem diga que o STF se curva ao clamor social apenas em casos excepcionais. Outros, que o Tribunal vem se tornando palco de encenações para as massas, legitimando punições antecipadas, ignorando garantias históricas.

O Supremo é composto por juristas de alto nível, mas também está sujeito aos ventos da sociedade. É exatamente por isso que sua missão exige firmeza.

O que isso revela?
Um conflito profundo entre a justiça feita para durar — e a justiça feita para repercutir.

A coragem de contrariar

Decidir contra a opinião pública exige mais do que técnica. Exige coragem. Exige lembrar que o direito não é uma pesquisa de opinião, mas uma promessa institucional de que mesmo os indesejados terão proteção contra o arbítrio.

Se a Constituição só vale quando a maioria concorda… então não temos uma Constituição. Temos um aplausômetro.

Quem vigia os vigilantes?

O Supremo não é infalível — mas deve ser firme. Deve ouvir a sociedade, sim, mas sem perder de vista sua missão maior: proteger os princípios constitucionais, mesmo (ou sobretudo) quando eles desagradam.

Porque, no fim, justiça que depende de curtidas não é justiça. É espetáculo.


O Direito existe para proteger até aqueles que ninguém quer proteger.
É nesse solo, nem sempre popular, que construo minha defesa todos os dias.

Nosso compromisso é com a Constituição, mesmo quando ela desafia o senso comum. Se você enfrenta um caso complexo, conte com uma defesa que não teme o palco — nem a pressão.

Está enfrentando um caso penal com exposição midiática ou pressão social?

A experiência dos melhores advogados criminalistas pode fazer toda a diferença.
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👉 Veja também: A Justiça Como Espetáculo: Imparcialidade no Tribunal

Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Dr. Roberto Parentoni é advogado criminalista desde 1991 e fundador do escritório Parentoni Advogados. Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, é especialista em Direito Criminal e Processual Penal, com atuação destacada na justiça estadual, federal e nos Tribunais Superiores (STJ e STF). Ex-presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Defesa (IBRADD) por duas gestões consecutivas, é também professor, autor de livros jurídicos e palestrante, participando de eventos e conferências em todo o Brasil.