O Velho e o Mar e a estratégia na defesa criminal

Há livros que não servem para explicar o mundo — mas para lembrar quem você é.

O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, me alcançou assim: como uma história aparentemente simples, mas carregada de tudo o que a experiência nos ensina com o tempo.

O velho pescador, solitário e silencioso, decide voltar ao mar depois de dias sem sucesso. Não por vaidade, nem para provar algo a alguém.
Ele volta porque sabe que a luta faz parte da sua natureza.
Porque há batalhas que a gente enfrenta não pelos aplausos — mas pela dignidade de continuar.

Na advocacia criminal, também é assim.
Muitos momentos decisivos não acontecem sob os holofotes.
A defesa real se constrói no silêncio dos bastidores.
No cuidado com o que se fala — e, principalmente, com o que se escolhe calar.

O mar do processo penal é imprevisível.
Às vezes o “peixe grande” escapa.
Às vezes, mesmo com toda a técnica, a correnteza vira.
Mas há algo que não se perde: a firmeza de quem conhece o ofício.

Porque, no fim, o que nos define não é só o resultado.
É o modo como enfrentamos o mar.


Fraterno abraço,
Roberto Parentoni

Advogado CriminalistaParentoni Advogados

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Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Dr. Roberto Parentoni é advogado criminalista desde 1991 e fundador do escritório Parentoni Advogados. Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, é especialista em Direito Criminal e Processual Penal, com atuação destacada na justiça estadual, federal e nos Tribunais Superiores (STJ e STF). Ex-presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Defesa (IBRADD) por duas gestões consecutivas, é também professor, autor de livros jurídicos e palestrante, participando de eventos e conferências em todo o Brasil.