Dr. Bruno Parentoni, Dr. Roberto Parentoni e Dr. Luca Parentoni no escritório Parentoni Advogados, boutique jurídica especializada em Direito Criminal e Direito Penal Econômico desde 1991. Ao fundo, a biblioteca jurídica do escritório, destacando a tradição e excelência em defesa penal. Escritório localizado no Edifício Itália, São Paulo, e no Complexo Brasil 21, Brasília.

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O silêncio que sufoca: quando a defesa começa na escuta

(Quando o medo cala, a estratégia começa na escuta.)

Nem sempre o maior erro de quem responde a uma acusação é falar demais.
Às vezes, o erro está em calar o que mais precisa ser dito.

No início de um processo criminal, o silêncio pode ser estratégia — mas também pode ser sufocamento.
Muitos chegam ao escritório com a voz presa, acostumados a se defender sozinhos, a temer o julgamento dos outros, ou simplesmente a não confiar mais em ninguém.

E é justamente nesse ponto — entre o medo e a palavra — que começa uma defesa criminal verdadeira.
Porque escutar é o primeiro ato de proteger.


😶 1. Quando o silêncio não é estratégia — é sobrevivência

Durante mais de 34 anos de atuação, vimos de perto um padrão que se repete:
antes de procurar ajuda, muitos acusados tentam suportar o peso sozinhos.

Alguns se calam por vergonha. Outros, por orgulho.
Há quem tema que falar sobre o caso seja o mesmo que confessar.
E há também quem já tenha tentado pedir ajuda — mas encontrou portas fechadas, olhares duros ou conselhos vazios.

No entanto, a justiça não escuta o que nunca foi dito.
E o tempo, quando aliado ao silêncio, pode transformar dúvidas em certezas erradas.

🧭 Estratégia: o silêncio pode proteger, mas também pode isolar.
Saber quando e com quem falar é tão importante quanto o conteúdo da própria defesa.


👂 2. A escuta como ferramenta de defesa

A defesa técnica começa muito antes da petição.
Começa no olhar atento e na escuta sem pressa.

Cada pausa, cada hesitação, cada detalhe que o cliente traz — mesmo que pareça pequeno — pode conter a chave da estratégia.

O advogado criminalista não é apenas quem escreve, mas quem traduz.
Traduz dores em argumentos, fatos em provas, humanidade em direito.

Como reconhece o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), garantir a ampla defesa significa permitir que a pessoa acusada tenha voz — e que essa voz seja ouvida com atenção e técnica.

🧭 Estratégia: ouvir é interpretar o não dito. É transformar silêncio em argumento e dar forma jurídica ao que o medo tentou esconder.


💬 3. A diferença entre “falar com um advogado” e “ser escutado por um defensor”

Nem toda conversa é escuta.
Muitos chegam aos escritórios carregando histórias de encontros frios, consultas apressadas ou respostas prontas.
Mas a defesa penal não é protocolo — é vínculo.

A confiança nasce quando a pessoa sente que seu caso foi realmente compreendido, não apenas “anotado”.
E é nesse espaço — entre o que se fala e o que se entende — que se constrói a estratégia sob medida.

🧭 Estratégia: a escuta verdadeira exige tempo, sigilo e empatia.
Cada caso traz camadas que só se revelam quando há interesse genuíno em entender.


🫶 4. Escutar é um ato de respeito — e também de coragem

Num sistema que frequentemente trata pessoas como números de processo, ouvir é resistir.
É afirmar que, antes do rótulo, existe uma história.

Quando o advogado escuta com atenção, ele não está apenas colhendo informações — está reconstruindo dignidade.

Porque há casos em que o cliente não precisa apenas de estratégia.
Precisa de alguém que diga, com firmeza e humanidade:

“Eu ouvi. E agora, juntos, vamos agir.”

🧭 Estratégia: toda defesa começa pelo reconhecimento da pessoa por trás do processo.
Sem escuta, não há confiança. Sem confiança, não há verdade. Sem verdade, não há estratégia.


🧭 5. Quando o silêncio se transforma em voz

O momento em que o cliente decide falar — e encontra quem o escute — é um ponto de virada.
Ali, o silêncio deixa de ser medo e passa a ser decisão consciente.

Com sigilo, técnica e presença, o que antes era confusão se transforma em linha narrativa, tese defensiva, estratégia jurídica.
E o que era solidão se torna parceria.

🧭 Estratégia: transformar silêncio em voz é o primeiro passo para retomar o controle da própria história.


Conclusão

O silêncio pode proteger, mas também pode aprisionar.
Em uma acusação criminal, ele não deve ser imposto pelo medo, mas escolhido com sabedoria.

Por isso, a escuta é mais do que empatia — é tática, é ferramenta, é justiça.
E a defesa criminal, quando guiada pela escuta verdadeira, não começa no tribunal, mas na confiança.

Se você precisa de um espaço seguro para ser ouvido — com atenção, sigilo e estratégia —, saiba que esse é o primeiro passo de toda defesa verdadeira.

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Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Dr. Roberto Parentoni é advogado criminalista desde 1991 e fundador do escritório Parentoni Advogados. Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, é especialista em Direito Criminal e Processual Penal, com atuação destacada na justiça estadual, federal e nos Tribunais Superiores (STJ e STF). Ex-presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Defesa (IBRADD) por duas gestões consecutivas, é também professor, autor de livros jurídicos e palestrante, participando de eventos e conferências em todo o Brasil.