Dr. Bruno Parentoni, Dr. Roberto Parentoni e Dr. Luca Parentoni no escritório Parentoni Advogados, boutique jurídica especializada em Direito Criminal e Direito Penal Econômico desde 1991. Ao fundo, a biblioteca jurídica do escritório, destacando a tradição e excelência em defesa penal. Escritório localizado no Edifício Itália, São Paulo, e no Complexo Brasil 21, Brasília.

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🧭 Foi acusado de um crime? 7 erros que você não pode cometer no primeiro dia

(Quando a pressa e o medo se tornam os piores conselheiros.)

Ninguém acorda pronto para ser acusado de um crime.
Às vezes, é uma intimação na porta. Outras, uma ligação que muda o tom da vida.
Tudo acontece de repente — e o tempo, que antes passava sem pressa, vira urgência.

No meio do susto, surgem dúvidas que se misturam com medo: “Devo falar? Explicar? Esperar? Fugir? Contratar alguém agora ou ver no que dá?”

É nesse primeiro dia — entre a emoção e a decisão — que muitos cometem erros irreversíveis.

Ao longo de mais de três décadas — e em cada história que cruzou nosso escritório — aprendi que, muitas vezes, o primeiro gesto após a acusação define o rumo do caso.

Na advocacia criminal, o tempo é estratégico. Cada gesto, cada palavra, cada silêncio pode mudar o rumo de um processo. Por isso, se você ou alguém próximo está vivendo essa situação, o passo mais importante é agir com consciência e orientação técnica desde o início.

A seguir, compartilho os sete erros mais comuns cometidos nas primeiras horas após uma acusação criminal, e o que fazer no lugar deles.

Porque o primeiro passo certo pode evitar muitos passos errados.


⚠️ 1. Falar sem orientação jurídica: vale a pena se explicar sozinho?

O instinto de “se explicar” é natural.
Mas, no Direito Penal, a pressa em falar é o caminho mais curto para se incriminar sem perceber.

Toda palavra dita — mesmo com boa intenção — pode ser usada como prova. Um detalhe mal colocado, uma lembrança confusa, uma resposta emocional podem ser interpretados fora de contexto. E o que era um simples relato transforma-se em versão oficial contra você.

🧭 Estratégia: silencie o impulso e consulte um advogado criminalista antes de qualquer declaração. O silêncio, nesse momento, é proteção, não omissão.


🔎 2. Acreditar que “quem não deve, não teme”: e se for o contrário?

Essa é uma das frases mais perigosas no imaginário popular.
A inocência não dispensa defesa técnica.
Muitos inocentes enfrentaram condenações injustas porque acreditavam que a verdade bastava.

No processo penal, o que vale não é apenas o que aconteceu — mas o que pode ser provado. E provar exige estratégia, experiência e tempo.

Como reconhece o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a defesa técnica é pilar essencial do Estado Democrático de Direito e deve ser garantida desde o início da persecução penal.

🧭 Estratégia: não confie apenas na sua boa-fé. Confie na estrutura da defesa. Um advogado criminalista saberá transformar fatos em provas e garantir que sua versão seja ouvida e respeitada.


📱 3. Apagar mensagens, excluir arquivos, “limpar o celular”: um erro que apaga a própria defesa

O medo leva muita gente a tentar “limpar rastros”.
Mas, ao fazer isso, você pode eliminar elementos que comprovariam sua inocência — ou, pior, gerar suspeita de destruição de prova.

A defesa precisa conhecer tudo, até o que parece negativo. O que importa é o contexto.
Um print, um áudio, uma conversa, um documento — tudo pode ser peça estratégica, se usado com técnica.

🧭 Estratégia: preserve o máximo de informações. Não apague nada sem orientação. Seu advogado saberá o que é relevante e o que deve permanecer sigiloso.


💬 4. Conversar sobre o caso com quem não deve: desabafar pode custar caro

Em momentos de tensão, é comum buscar desabafo ou conselho.
Mas falar sobre o caso com pessoas erradas — amigos, colegas de trabalho, jornalistas, vizinhos ou redes sociais — pode transformar confidências em provas.

O sigilo é seu maior aliado.
Cada palavra dita fora do ambiente técnico pode ser interpretada, distorcida ou vazada.

🧭 Estratégia: fale apenas com quem tem dever legal de sigilo profissional. Seu advogado é o único espaço seguro para falar tudo.


⏳ 5. Esperar o problema crescer: quando o silêncio custa caro

“Vou esperar a polícia chamar de novo.”
“Vou ver se isso vira mesmo processo.”
“Quando for sério, eu contrato alguém.”

Essas frases custam caro.
Na advocacia criminal, o tempo é prova, é oportunidade, é estratégia.
Uma defesa preventiva pode impedir o recebimento da denúncia, evitar constrangimentos ou até encerrar o caso antes mesmo da ação penal.

🧭 Estratégia: procure orientação no primeiro sinal de risco. A defesa mais eficaz é a que atua antes, e não depois.


🧩 6. Escolher um advogado só pelo preço — ou pelo medo

Quando o desespero bate, muitos buscam “resolver rápido” e aceitam promessas fáceis ou valores irreais.
Mas um processo criminal não é um produto — é uma decisão sobre a sua liberdade, reputação e dignidade.

Advocacia criminal exige técnica, presença e estratégia sob medida.
E confiança é construída na escuta, no planejamento e na clareza.

🧭 Estratégia: avalie experiência, forma de atuação, especialização, estrutura. Procure um escritório que explique o caminho, não que prometa atalhos.


🕊️ 7. Esquecer que você ainda é uma pessoa, não um processo

Entre papéis, carimbos e acusações, é fácil se ver apenas como “réu”.
Mas antes de qualquer rótulo, há uma pessoa com história, família, profissão e sonhos.

Uma defesa verdadeira considera tudo isso.
Não se trata apenas de contestar fatos, mas de reconstruir confiança, equilíbrio e dignidade.

🧭 Estratégia: escolha profissionais que enxerguem além do processo.
Defesa criminal é, acima de tudo, um exercício de humanidade.


Conclusão

O primeiro dia após uma acusação é um divisor de águas.
As atitudes tomadas nesse momento podem determinar o rumo de todo o caso — e, muitas vezes, o rumo da própria vida.

Agir com pressa, medo ou improviso não protege.
Mas agir com orientação, sigilo e estratégia protege, esclarece e transforma.

Na advocacia criminal, cada palavra pesa.
Mas é a escuta verdadeira que mostra onde começa a defesa.

Se este texto tocou algo que você está vivendo, fale com a gente. Você não está sozinho.
Cada caso sério merece ser ouvido com atenção, sigilo e estratégia.

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Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Dr. Roberto Parentoni é advogado criminalista desde 1991 e fundador do escritório Parentoni Advogados. Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, é especialista em Direito Criminal e Processual Penal, com atuação destacada na justiça estadual, federal e nos Tribunais Superiores (STJ e STF). Ex-presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Defesa (IBRADD) por duas gestões consecutivas, é também professor, autor de livros jurídicos e palestrante, participando de eventos e conferências em todo o Brasil.