Dr. Bruno Parentoni, Dr. Roberto Parentoni e Dr. Luca Parentoni no escritório Parentoni Advogados, boutique jurídica especializada em Direito Criminal e Direito Penal Econômico desde 1991. Ao fundo, a biblioteca jurídica do escritório, destacando a tradição e excelência em defesa penal. Escritório localizado no Edifício Itália, São Paulo, e no Complexo Brasil 21, Brasília.

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A ética do silêncio: o que o advogado criminalista sabe — e não pode dizer

Quando o silêncio protege mais do que mil argumentos

Na advocacia criminal, saber calar é, muitas vezes, mais estratégico do que saber falar. Não por omissão. Mas por consciência.

O silêncio não é ausência de defesa.
É parte dela.

E todo advogado criminalista que atua com seriedade aprende — cedo ou tarde — que nem tudo o que se sabe pode (ou deve) ser dito.

O que se ouve — e o que se guarda

Muitos acreditam que o papel da defesa é “falar no lugar do cliente”.
Mas há situações em que a fala precipitada compromete a estratégia inteira.

Escutar um cliente, um familiar, um detalhe solto num depoimento… tudo isso tem peso.
Mas o peso maior está no que não se revela:

  • um bastidor mal contado,

  • uma prova informal que ainda será formalizada,

  • uma emoção do réu que não cabe no processo,

  • ou mesmo uma estratégia que depende do tempo certo para se manifestar.

Ética, sigilo e responsabilidade

O advogado criminalista não é apenas um operador técnico.
É um guardião de histórias não contadas.

E isso exige ética.
Exige não confundir ego com defesa.
Exige saber que nem todo brilhantismo cabe numa petição — e que nem todo ponto fraco do processo deve ser exposto de imediato.

No Direito Penal, não basta conhecer a lei.
É preciso entender a natureza do embate: poder, narrativa, tempo e silêncio.

Entre o que se diz e o que se segura

A diferença entre um bom advogado e um advogado preparado está, muitas vezes, no que ele escolhe não revelar.

A mídia pressiona. O cliente, às vezes, também.
Mas quem atua nos casos de alta complexidade sabe:
há silêncio que protege, e fala que entrega.

E a função do advogado criminalista é discernir isso — mesmo quando poucos percebem o que está em jogo.

Quando o silêncio se torna estratégia

  • Na fase do inquérito, o silêncio pode evitar autoincriminação.

  • Na fase judicial, o silêncio evita contradições construídas pela acusação.

  • Em negociações delicadas, o silêncio posiciona.

  • No Tribunal do Júri, o silêncio pode pesar mais do que qualquer discurso.

Silêncio não é ausência.
É presença estratégica.

 Parentoni Advogados

“O advogado criminalista de verdade não fala o que sabe.
Ele sabe por que ainda não pode falar.”

Se você vive uma situação em que o tempo, a palavra e o silêncio precisam de direção, fale com quem entende não apenas de leis, mas de estratégia.

Sua história merece ser escutada — e protegida com inteligência.

Roberto Parentoni

Roberto Parentoni

Dr. Roberto Parentoni é advogado criminalista desde 1991 e fundador do escritório Parentoni Advogados. Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, é especialista em Direito Criminal e Processual Penal, com atuação destacada na justiça estadual, federal e nos Tribunais Superiores (STJ e STF). Ex-presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Defesa (IBRADD) por duas gestões consecutivas, é também professor, autor de livros jurídicos e palestrante, participando de eventos e conferências em todo o Brasil.